domingo, 31 de maio de 2015

Trilho das Pedras para o Êxito


Qualquer pessoa, minimamente consciente da sua importância, neste mundo, dotada de qualidades necessárias para planear, implementar e alcançar resultados positivos, sabe e deseja atingir desfechos favoráveis, face aos projetos que a animam a desenvolver todas as suas capacidades adquiridas, através do estudo e da experiência de vida, que vai acumulando ao longo da sua existência.
A busca incessante pelo sucesso material, na maior parte dos casos, mas também uma imensa vontade em alcançar o êxito na realização espiritual, por muitas pessoas, constitui como que o motor que faz girar a humanidade, num mundo conturbado por conflitos e situações verdadeiramente irracionais, inaceitáveis, face aos valores civilizacionais dos três grandes pilares que a nós, ocidentais, nos caracterizam: Democracia Grega; Direito Romano; Cristianismo.
A realização pessoal faz parte da felicidade, nesta se incluindo, obviamente, a saúde, o trabalho, os sentimentos de amor/amizade, a dignidade e a Graça de Deus, eventualmente, entre outros valores e dimensões que são exclusivos da pessoa singularmente humana. O sucesso, traduzido na realização pessoal, provavelmente, não será possível alcançar por outros caminhos.
Qualquer ser humano tem os seus projetos, os seus métodos e estratégias para conseguir realizá-los, independentemente, da maior ou menor projeção que eles possam alcançar, do prestígio e resultados que consigam aportar, mas, realmente, pode-se concordar que: «Existem dois objetivos para serem atingidos na vida: primeiro, conseguir o que se quer; e depois desfrutar o que se obteve. Apenas os mais sábios realizam o segundo.» (Logan Pearsall, citado por Dale Carnegie, in MANDINO, 1982:41).
Trabalhar para se obter sucesso na vida, para além de uma ambição legítima, pessoal e/ou institucional, é mesmo um dever de cada pessoa, de cada organização, porque é nos êxitos individuais e coletivos que a sociedade, no seu todo, pode proporcionar melhores qualidade e nível de vida, até porque: «Quanto mais damos, mais retornos temos, mais recebemos. Ao recebermos cada vez mais, devolvemos o que recebemos e damos de novo e a abundância é o único estado possível resultante desta permanente interacção» (FERREIRA, 2002:152).
Alimentar uma conduta derrotista, alinhada ao fracasso, com base na alegada falta de sorte, ou que o tão reclamado “destino” impede que as pessoas consigam vencer na vida, também não conduz a nenhuma situação que elimine o negativismo, porque quando se invoca o sucesso, este não tem de ser, exclusivamente, no âmbito da acumulação da riqueza material, pelo contrário, qualquer pessoa se julga vitoriosa, quando atinge objetivos que planeou para a sua vida, por exemplo: casar, ter filhos e considerar-se realizada, portanto, feliz.
Ao analisarmos, imparcialmente, os conhecimentos que adquirimos na escola tradicional e os que exercitamos ao longo da vida, nas inúmeras tarefas que executamos, nas diferentes atividades e papéis que desenvolvemos, rapidamente verificamos que a experiência de vida é fundamental, para concebermos alguns projetos pessoais, profissionais, políticos e sociais, entre outros que, casualmente, se possam encaixar num determinado perfil.
A “Universidade da Vida” nunca deve ser descurada, por muitas habilitações académico-elitistas que se tenha, porque, por si sós, nem sempre são a garantia de um grande sucesso. Com efeito, as lições de vida, em certas circunstâncias, talvez sejam os melhores livros para aprendermos.
Quantas vezes, um desaire, nos impulsiona para o sucesso, de resto: «O fracasso, em certo sentido, é a estrada para o sucesso, visto que toda a descoberta do que é falso, nos leva a buscar honestamente o que é verdadeiro e toda nova experiência assinala alguma forma de erro que devemos evitar com cuidado mais tarde.» (John Keats, in MANDINO, 1982:54).
Sem se ignorar que, atualmente, primeiro quarto do século XXI, a esperança de vida, em média, já atinge várias décadas, na ordem dos 85/90 anos, e apesar deste avanço da ciência geriátrica, ainda assim continuam a afirmar que as vidas são curtas, logo, há que saber rentabilizá-las o melhor possível, imprimindo-lhes as estratégias e metodologias que possibilitem, neste período de tempo, alcançar o maior número possível de bons resultados, nas atividades em que nos envolvemos e que, no seu conjunto, se cifram por um maior ou menor sucesso global.
E se é verdade que a vida é constituída por fracassos e por êxitos, também se pode aceitar que um sucesso total, em todas as atividades em que nos inserirmos, dificilmente será atingível e, nestas circunstâncias, manda o bom-senso que se esteja prevenido contra algumas causas dos fracassos.
Na verdade, devemos estar precavidos e saber que: «O primeiro obstáculo é aquele velho truque de pôr a culpa nos outros. Isso não é o mesmo que se preocupar com o que os outros pensam (têm ou fazem). É a atribuição real de responsabilidade aos outros (…). O segundo obstáculo é o oposto ao primeiro: a tendência imediata de se culpar, mesmo em segredo (…). Em vez de combater o problema que está por trás do erro e lutar para resolvê-lo – para evitar que aconteça de novo – nós nos culpamos (como se fossemos fracassados congénitos) e deixamos ficar (…). O terceiro obstáculo é não termos objetivos. Um indivíduo precisa aonde quer ir, se deseja chegar a algum lugar. (…). (William Menninger, citado por Louis Binstock, in MANDINO, 1982:57). O quarto obstáculo é escolher objetivos errados; (…). O quinto obstáculo é o atalho (…). Muitos de nós escolhem instintivamente o caminho mais rápido, fácil e curto para o sucesso, apenas para descobrir que o sucesso era ilusório (…). Muitas vezes o atalho, a linha de menor resistência, é responsável pelo sucesso insatisfatório e efêmero. (…). O sexto obstáculo é exatamente o oposto do quinto: escolher a longa estrada; (…). O sétimo obstáculo é negligenciar pequenas coisas (…). A verdade é que nenhum homem e nenhuma tarefa são pequenos (…). O bom executivo mantém seu dedo sobre as coisas pequenas: ele sabe que podem, se mal conduzidas, vir a se tornar grandes problemas. (…). O oitavo obstáculo é desistir cedo demais (…). Desistir quando estamos na frente é tolice; desistir quando estamos atrás é tolice ainda maior. É preciso vontade para persistir um pouco mais. É necessário cabeça para saber que a medida do sucesso não é a sorte, os lances do jogo, mas a conquista sobre o fracasso. (…). O nono obstáculo é o fardo passado. Não somos capazes de nos libertar de nossas lembranças, podemos apenas encará-las com honestidade. (…). O décimo obstáculo é a ilusão do sucesso. (…). Muitos de nós somos iludidos por um acontecimento, uma realização. Tem todas as marcas de sucesso, os outros agem como se fosse sucesso; mas não nos satisfaz. (…). Não podemos sofrer com o sucesso ilusório, a menos que sejamos tolos o suficiente para considerar o sucesso público um fim em si mesmo.» (Louis Binstock, in MANDINO, 1982:55-a-67).
Se para alcançarmos o sucesso é indispensável trabalharmos imenso, obviamente, com muita inteligência, com paciência, sabedoria e prudência, idênticos requisitos são necessários para evitar os fracassos, a fim de não nos deixarmos iludir pelas aparências, pelos falsos elogios, bem como por conselhos e orientações de pessoas que, dizendo-se nossas “amigas” afinal: seja por inveja; seja por qualquer outro “sentimento” negativo e/ou “situação”, só nos querem ver é na desgraça, para, depois, em alguns casos, nos “estenderem a mão”, com aquela falsa “generosidade”, uma “bondade” hipócrita ou uma “piedade” cínica. Estas posições, de facto, doem imenso, são, certamente, autênticos fracassos.
A necessidade de qualquer pessoa se realizar é uma condição exclusiva do ser humano, porque ao se atingirem objetivos, previamente estabelecidos, que fazem parte de projetos de vida, a autoestima, a saúde mental, o comportamento em sociedade, a conceptualização de novos programas e a tomada de decisão para os implementar, tudo isto, afinal, faz parte integrante desta extraordinária e insubstituível “Universidade da Vida”.
É possível que o sucesso não se alcance sem um mínimo de criatividade, sem um esforço individual insistente, como é crível que, imitando e copiando os outros, se possa garantir o êxito. É claro que muito dificilmente alguém parte do nada, até porque o “nada” só existe enquanto “nada”. Mas, na verdade: «É possível sobreviver fazendo tudo aquilo que os outros fazem, desde que seja agregado a esse trabalho um toque pessoal, pois é o nosso lado pessoal que nos difere uns dos outros.» (ROMÃO, 2000:47).
Qualquer pessoa tem a sua especificidade, que só ela é capaz de revelar e realizar. Nesta sua singularidade, é possível concretizar alguns projetos de vida e expandir-se, por forma a ser reconhecida, prosseguir com os seus desígnios, naturalmente com a seriedade, competência e esforço necessários, na medida em que: «A auto-imagem é a maneira como você se avalia e valoriza seus atributos - sua inteligência, sua beleza, seus talentos. Se por um alto padrão de exigência você menospreza sua própria capacidade, desperdiçará oportunidades e a possibilidade de se realizar e ser feliz.» (CARVALHO, 2007:30).
A felicidade: quando conceptualizada em determinados parâmetros, por uma pessoa que a deseja; depois, quando alcançada, pode constituir uma modalidade de sucesso, independentemente dos princípios, valores e sentimentos que a suportam, porque, neste caso, é àquela pessoa, em concreto e objetivamente, que ela se aplica. Tal pessoa, ela própria, considerar-se-á de sucesso, conseguiu êxito na vida, perante os objetivos que tinha delineado.

Bibliografia.

CARVALHO, Maria do Carmo Nacif de, (2007). Gestão de Pessoas. 2ª Reimpressão. Rio de Janeiro: SENAC Nacional
FERREIRA, Maria Isabel, (2002). A Fonte do Sucesso. Cascais: Pergaminho.
MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
ROMÃO, Cesar, (2000). Fábrica de Gente. Lições de vida e administração com capital humano. São Paulo: Mandarim.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689

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domingo, 24 de maio de 2015

O Prazer da Escrita


Muitas são as possibilidades que a vida oferece, para o exercício das mais diversas atividades, a fim de se alcançarem determinados objetivos e que, em função das expectativas criadas, são mais ou menos conseguidos, proporcionando, a quem se envolve em tarefas a eles inerentes, uma relativa satisfação e realização pessoal o que, quando os resultados são positivos, estes constituem fortes incentivos para se prosseguir, sempre e cada vez melhor.
Escrever é uma atividade complexa porque envolve várias capacidades humanas, para além das funcionalidades físicas, precisamente, da mão que conduz a caneta e/ou o teclado de um computador, tentando acompanhar a espontaneidade e rapidez do pensamento, o que é, praticamente, impossível, assim como faculdades próprias das pessoas: sensibilidade, princípios, valores, sentimentos, emoções que o autor tenta levar aos seus leitores, com lealdade, amizade, solidariedade, gratidão e muita coragem.
Mas, para além destes “pormenores”, que não são assim tão simples, refletir sobre um tema, organizar, minimamente que seja, o pensamento para que este produza, lógica e adequadamente, um texto que, por sua vez, deve respeitar imensas regras ortográficas, sintáticas, éticas, morais e axiológicas, constitui, na verdade, um trabalho difícil, nem sempre enaltecido e compreendido.
Muitas são as possibilidades que a vida oferece, para o exercício das mais diversas atividades, a fim de se alcançarem determinados objetivos e que, em função das expectativas criadas, são mais ou menos conseguidos, proporcionando, a quem se envolve em tarefas a eles inerentes, uma relativa satisfação e realização pessoal o que, quando os resultados são positivos, estes constituem fortes incentivos para se prosseguir, sempre e cada vez melhor.
Escrever é uma atividade complexa porque envolve várias capacidades humanas, para além das funcionalidades físicas, precisamente, da mão que conduz a caneta e/ou o teclado de um computador, tentando acompanhar a espontaneidade e rapidez do pensamento, o que é, praticamente, impossível, assim como faculdades próprias das pessoas: sensibilidade, princípios, valores, sentimentos, emoções que o autor tenta levar aos seus leitores, com lealdade, amizade, solidariedade, gratidão e muita coragem.
A leitura de textos corridos, tal como a reflexão sobre o teor da mensagem que eles transmitem, afigura-se que estará “fora de moda”, porque quase ninguém tem tempo para coisa alguma e, nestas circunstâncias, parece tornar-se mais prático, para tais pessoas, uma linguagem telegráfica, superficial e pretensamente objetiva, pragmática, do tipo: “um recado no vão da escada”, mas que nem sempre produz os melhores resultados, considerando-se que esta situação se tem vindo a agravar, por via do recurso sistemático às mensagens curtas, quase codificadas que, através dos telemóveis, tanto se usa e abusa.
Por outro lado, vem-se comprovando, com muita preocupação, que cada vez se escreve e lê menos. Que a incorreta construção da frase deturpa a fidelidade e correspondência que se deseja existir entre o pensamento e a escrita, tudo isto agravado pela incapacidade em elaborar um texto, sem erros e com uma pontuação correta, esta, todavia, pode ser efetuada de acordo com a intencionalidade, princípios, valores, sentimentos, emoções e objetivos que o autor pretende imprimir ao seu texto.
Com todos os condicionalismos, quer pela parte do autor, quer no que respeita ao leitor, a verdade é que se trata de uma tarefa complexa, mas muito estimulante, porque criativa, inovadora e livre. O leitor tem a possibilidade de recriar o texto, criticá-lo, reinterpretá-lo e, no limite, ignorá-lo, (que também há quem o faça), mas é sempre livre para contextualizar a mensagem, como muito bem entender, ainda que o seu entendimento não corresponda ao pensamento do autor, até porque não tem de estar de acordo.
Escrever é um ato que implica grande responsabilidade, exposição permanente, relativamente ao público que vai ler, refletir, criticar, sugerir e, quantas vezes, reformular o texto, suscita, também, incompreensões, mal-entendidos e, em certas circunstâncias, procedimentos radicais.
Transpor para um texto, que muitas vezes torna público: um pensamento, uma amizade, um desejo, um sentimento, uma emoção, princípios e valores, uma opinião, um estudo, um êxito, um insucesso, reflexão sobre um qualquer tema, comporta sempre algum perigo, confronto e pode deixar sequelas para o resto da vida, se não houver o cuidado, a lealdade e a coragem de se esclarecerem dúvidas, também por isto é que os comentários são muito importantes.
O autor que, mais uma vez se expõe, comemorou, recentemente, sete anos no exercício da escrita regular que, semanal e ininterruptamente, vem publicando o resultado das suas reflexões e investigações, sobre os mais diversos temas, com especial preocupação no domínio das ciências sociais e humanas: Filosofia, Axiologia, Sociologia, Psicologia, Antropologia, Religião, Política, História, Economia, Educação, Formação, Trabalho, entre muitos outros domínios.
Ao longo destes últimos sete anos, são algumas centenas de artigos publicados, em vários meios da comunicação social, desde Revistas, Jornais, blogs, sites e livros, estes sob a forma de “Antologias”: de autoria própria, em Portugal, são seis; em coautoria, no Brasil, são quatro. Mas que imenso prazer este trabalho, não remunerado, tem proporcionado ao autor. Que grande satisfação e alegria se experienciam.
As reflexões/artigos publicados e a sua continuação no futuro, em circunstância alguma e sob qualquer pretexto jamais tiveram a mínima e voluntária intencionalidade em prejudicar, injuriar, difamar, denegrir, humilhar ou ofender alguém. Os trabalhos dados à estampa, e os que vierem a ser lançados, para o público analisar, não pretendem atingir ninguém, não se deseja, com eles, exercer quaisquer atos de vingança, nem de desforra, nem perseguição de nenhuma natureza, nem fazer juízos de valor, objetivamente direcionados à idoneidade e bom nome que assiste a todas as pessoas (não há nenhuma razão para que o autor tenha tais atitudes).
As reflexões/artigos que ao longo de sete anos e em número superior a seiscentos e oitenta, têm sido acompanhados, analisados, escrutinados e escalpelizados, sob inúmeras perspectivas isso é sabido através dos retornos que vão chegando ao conhecimento do autor e que, felizmente, têm sido muito positivos, porque a inteligência dos leitores, a sua compreensão, tolerância e generosidade os leva a formular avaliações extremamente positivas, amáveis, bondosas, livres, estando, ou não, de acordo com a linha seguida pelo autor.
Nesta difícil arte, a de escrever e publicar, uma outra preocupação central do autor, tem sido a de expressar o seu pensamento acerca de muitas das suas próprias experiências, ao longo da vida, alguns poucos conhecimentos, nunca se eximindo a manifestar princípios, valores, sentimentos e emoções que, realmente, fazem parte, tanto quanto se julga saber, da sua própria personalidade, da sua maneira de estar na vida, da sua solidariedade, amizade e fidelidade para com um ou outro amigo, sendo certo que as circunstâncias e situações da sociedade em que vive, também de uma ou outra pessoa, por vezes o possam levar a alguma incoerência ou mesmo pequenas contradições.
É normal mudar-se de opinião, quando causas profundas impelem as pessoas para a mudança, contudo, apesar de alguma instabilidade emocional, por vezes manifestada, eventualmente, devido a relacionamentos que se afiguram terem-se desconsolidado, por razões alheias ao compositor, todavia, nunca tais circunstâncias conduziram o autor para atitudes incorretas, desrespeitosas, de falta de consideração e estima, para com as pessoas em geral e os leitores em particular. A intervenção literária tem-se pautado por total respeito.
Expor princípios, valores, sentimentos e emoções, pode constituir um grande risco, mas vale a pena adotar-se uma postura de verdade, sem reservas, solidária, amiga, leal, com grande gratidão e humildade. Afinal a verdade é sempre a mesma: só uma, com ela se conquista a confiança, o respeito, a amizade e a credibilidade, e deve ser retribuída por quem a recebe.
É um privilégio, dir-se-ia, uma Bênção Divina, ter-se a possibilidade de expor, livremente, o pensamento, num país onde a liberdade de expressão é um direito cívico, constitucionalmente garantido, mas que, por vezes, é mal recebido, porque ainda existe uma certa cultura persecutória, em relação a quem ousa comentar situações que violam os mais elementares direitos humanos.
É uma honra ser lido por tantas pessoas, receber cada vez mais incentivos, ainda que outros tenham sido, ao fim de algum tempo, interrompidos, negados, por razões que o autor desconhece, mas que muito o magoam e julga não merecer tal indiferença, mas um pensador está sujeito a estas vicissitudes, à incompreensão, por vezes alguma ingratidão que, apesar de tudo, tenta superar.
Claro que é muito importante perceber que existem leitores verdadeiramente amigos e sinceros, que apreciam o trabalho do autor, que manifestam total solidariedade, que oferecem as suas ideias para melhorar os artigos, que incentivam permanentemente. São estes leitores solidários, amigos, leais, transparentes, que ajudam, com as suas críticas fundamentadas, a melhorar a escrita e as atitudes.
Também é verdade que nem todos os textos agradam a todos os leitores, o que é salutar, porque significa que há opiniões diferentes, o que enriquece as análises, e até contribui para soluções mais equilibradas, em relação aos problemas que vão sendo abordados sobre situações do dia-a-dia., de resto ninguém é titular absoluto da verdade.
Como é gratificante ouvir e ler comentários sobre os trabalhos que se vão publicando. Como é importante que as análises, diferentes, idênticas ou mesmo divergentes, sejam elaboradas e transmitidas ao autor, porque isso estimula para mais: estudo, investigação, reflexão, cuidado nas abordagens dos temas e, por que não, mais entusiasmo no trabalho.
São essenciais os comentários que os leitores produzem, porque, no limite, revelam consideração, estima, apreço, por vezes carinho pelo autor e, valorizam os trabalhos. Por tudo isto é que a gratidão do autor para com os seus leitores em geral, e em particular, para com aqueles que comentam, sugerem, incentivam a continuação desta caminhada, é infinita.
Qualquer autor aprecia imenso os apoios recebidos dos leitores e, nesta linha de pensamento há, justamente, quem defenda igual desejo: «Vivemos na era em que para nos inserir no mundo profissional devemos portar de boa formação e informação. Nada melhor para obtê-las do que sendo leitor assíduo, quem pratica a leitura está fazendo o mesmo com a consciência, o raciocínio e a visão crítica. Espero que gostem do meu blog e deixem sugestões, comentários ou troca de ideias.» (Disponível em http://oquemevainacabecaagora.blogspot.pt/ consultado em 22.05.2015)
Mais de sete anos a escrever e a publicar, semana após semana, é uma grande e agradável responsabilidade. O prazer da escrita torna-se mais profundo, mais permanente, mais cuidado e, acima de tudo, mais direcionado e oferecido, com sincera generosidade, a todos os leitores, porque é para eles que todo o trabalho é dirigido, que as preocupações em fazer melhor são constantes e “espicaçam” a não parar, enquanto Deus assim o permitir.
É da mais elementar justiça, trazer para esta reflexão, o inestimável contributo dos órgãos de comunicação e editoras que tem sido postos à disposição do autor, quer a nível local, regional, nacional e internacional. Com efeito, todo este projeto só tem sido possível com o apoio gracioso, sempre disponível, dos respetivos diretores dos órgãos de comunicação, onde são publicados os trabalhos. Sem esta indispensável ajuda, os leitores estariam privados de analisar, criticar e incentivar um desígnio que se deseja perdure por muitos anos, essa é a determinação do autor.
O prazer da escrita fica reforçado, porque ao longo de mais de sete anos, com mais de seiscentos e oitenta reflexões/artigos publicados, a nível universal, sem quaisquer intenções materiais e/ou contrapartidas financeiras fica, inequivocamente, recompensado, pela adesão que tem suscitado.
A recompensa é, portanto, gratificante, na medida em que este trabalho criativo, reflexivo e pretensamente inédito, tem gerado, na maior parte das pessoas, grande consenso, muita consideração, estima, carinho e respeito para com o autor, que apenas pode e deve manifestar a sua humilde e sincera gratidão.
O “Dia do Autor Português” comemorou-se este ano (2015) em 22 de Maio. Obviamente que não sendo o autor desta reflexão um escritor renomado, nem tendo possibilidades para igualar os grandes vultos da literatura, apenas procura dar o seu modesto contributo e, neste sentido, também pretende associar-se a um evento tão significativo, quanto importante, para a divulgação dos nossos princípios, valores, sentimentos, artes e letras.
Muito obrigado pela paciência, compreensão e tolerância na apreciação que tem sido feita ao trabalho de um desconhecido. Muito Obrigado prezadas/os leitoras/es e, para finalizar, uma pedido para quem deixou de produzir comentários: que retome essa boa prática, porque isso revela solidariedade, amizade, lealdade, consideração, estima, carinho e uma grande firmeza em ajudar quem tem na escrita, um imenso prazer. Muito, e Muito, Obrigado. 

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
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domingo, 17 de maio de 2015

Escola da Vida: Caminho para o Sucesso


A formação académica, em todos os níveis de ensino: do básico ao superior, é um requisito fundamental para que possa haver desenvolvimento, progresso, sustentabilidade, sociedades evoluídas: ética, deontológica, científica, tecnológica, cultural, política e empresarialmente, entre outras vertentes, igualmente importantes, num mundo civilizado e, humanamente, tolerante, livre e responsável.
A preparação escolar, naturalmente que é essencial para uma vida esclarecida e equilibrada de quaisquer pessoas, sociedades, empresas, famílias e os próprios indivíduos, supostamente, tanto mais responsáveis, quanto mais elevadas forem as suas habilitações escolares, porque elas preparam, em primeiro lugar, para a inserção na comunidade, para o Saber-ser e o Saber-estar, a que, em diversas situações, se pode juntar o Saber-fazer.
Claro está que a preparação para a vida responsável deve começar e prolongar-se na família: os bons hábitos; a educação, esta no sentido do respeito e consideração pelos outros; os valores que orientam para ideais e objetivos compatíveis com a legalidade, as tradições, os costumes e a cultura; a assunção de condutas harmonizáveis com os deveres, direitos, liberdades e garantias, comuns a toda a sociedade envolvente. Tal como refere o provérbio popular: “Quem não é na família; também não o será na sociedade”
Evidentemente que, também fora da família, designadamente, através e com as companhias, colegas, amigos e conhecidos que, com maior ou menor frequência, connosco convivem e nos acompanham, existe uma grande influência na formação das pessoas, no relacionamento entre elas, e até na melhor ou pior reputação e bom nome e, uma vez mais, recorrendo ao axioma do povo: “Diz-me com quem andas; dir-te-ei quem és”, talvez se possam retirar algumas ilações comportamentais.
Na preparação da pessoa, um outro agente socializador entra na sua vida, atualmente, com menos frequência devido às altas taxas de desemprego. Com efeito, as empresas e outras entidades empregadoras são umas das grandes e talvez das mais eficazes “Universidades da Vida”. As exigências que são colocadas ao trabalhador, de facto, preparam-no, relativamente bem, para enfrentar uma sociedade cada vez mais “contestatária”, com a reclamação sempre pronta a “derrubar” os argumentos de quem produz algo.
Atualmente, a sociedade é extremamente complexa porque, talvez se possa aceitar que em parte: «Este não é um mundo fácil onde se viver. Este não é um mundo fácil onde se possa ter uma vida razoável. Este não é um mundo fácil para se compreender alguém nem gostar de alguém. Mas é um mundo onde precisamos viver e, vivendo nele, existe uma pessoa que não podemos em absoluto dispensar.» (Jo Coudert, in MANDINO, 1982:21). Seguramente que tal pessoa é cada um de nós.
A vida, globalmente considerada, tanto pode ser: a nossa melhor aliada, se a soubermos compreender, aceitar as lições que nos proporciona, as oportunidades que nos oferece, os ensinamentos que nos faculta; como também pode ser a nossa maior inimiga, quando desprezamos tudo o que ela nos faculta, inclusivamente, quando nos mostra caminhos errados, posições e pessoas inconvenientes, situações perigosas, projetos inexequíveis.
Ao longo da vida necessitamos saber quem somos, de onde vimos e para onde vamos, assim como o que queremos. Quando se pergunta a alguém, o que mais deseja da vida, as respostas são quase sempre as mesmas: saúde, trabalho e felicidade. Pois bem, dir-se-ia que: «Uma pessoa é feliz como resultado de seus próprios esforços, uma vez que conheça os ingredientes necessários para a felicidade – gostos simples, certo grau de coragem, espírito de sacrifício por um objetivo, amor ao trabalho e, acima de tudo, uma consciência limpa.» (Howard Whitman, in MANDINO, 1982:30).
Em circunstância alguma se pretende, nesta e/ou noutras reflexões, substituir a Escola Tradicional, oficial, científica, técnica e pedagogicamente instituída, direcionada para a educação e instrução, por outros agentes socializadores, nomeadamente: família, Igreja, empresa, comunidade, enfim, a vida em todas as suas vertentes, até porque a Escola faz parte dessa mesma vida, por mais simples e monótona que ela, a vida, seja.
Parece ser relativamente consensual aceitar-se que o sucesso não “cai do céu” mas, pelo contrário, não será bem assim, porque ele, o sucesso, dá imenso trabalho na medida em que: «Se o sucesso pessoal existe, ele só pode estar no interior de cada um de nós. Não pode ser composto de manifestações exteriores ou aparências, mas apenas por valores individuais imponderáveis, provenientes de uma filosofia amadurecida.» (Ibid.)
A “Escola da Vida” tanto nos proporciona o sucesso como o fracasso, embora estes termos, na perspetiva de determinadas pessoas, possam comportar alguma subjetividade, nomeadamente, quando se referem a bens inefáveis, imateriais e, neste contexto, então pode-se aceitar que: «É difícil imaginar alguém se sentir bem-sucedido sem experimentar igualmente a sensação de estar ligado de alguma forma com os objetivos mais importantes da vida como o Autor desses objetivos. (…) Deve sentir de alguma maneira os fluxos penetrantes da existência de Deus e reconhecer sua própria existência como parte integrante desse fluxo.» (Ibid.:35).
A aceitação de uma certa espiritualidade no sucesso, em nada prejudica o reconhecimento e eficácia dele, pelo contrário, para os crentes, em especial, ele reforça a convicção de que nada é por acaso e, é bom admitir-se que, concordando-se ou não, esta dimensão transcendental da pessoa é aceite por quem tem: esperança numa outra vida; quem acredita na existência de outros “seres desencarnados” que, quem sabe, também ajudem na busca do sucesso. Trata-se de uma matéria, cuja análise e debate não está ao alcance do autor, nem esta reflexão pretende aprofundar estes “mistérios”.
Mas a Escola Superior da Vida, realmente proporciona aos seus “alunos” diversos “cursos práticos” que, por sua vez, integram muitas “disciplinas” extremamente objetivas, que deveriam ser estudadas e exercitadas muito bem, rejeitando tudo o que é nocivo para uma sociedade do sucesso material e espiritual e, por outro lado, estudando e praticando, incessantemente, todas as matérias que conduzem ao bem-comum, à felicidade de todas as pessoas.
Atualmente, primeiro quarto do século XXI, numa sociedade onde, quantas vezes, não se olha a meios para atingir os fins, para se alcançarem objetivos materiais. Esta nova postura (aceita-se e defende-se que as empresas devem ter os seus lucros, o reembolso dos investimentos, porém, com observância de regras que respeitem a dignidade humana), de alguma forma, já é incentivada pela própria escola tradicional, pela comunidade e até pelos familiares, em que a palavra-chave, que por vezes acompanha o sucesso é: competitividade.
Com efeito: «Ensinam-nos a seremos competitivos, a não termos contemplações e a ignorar os sentimentos daqueles que atropelamos. Esquece a humilhação do colega que não sabe a resposta. Aproveita a oportunidade para impressionar o professor. Estas são as sementes da violência plantadas em nós quando ainda somos crianças pequenas. É possível despertar, compreender a natureza destas ervas ruins semeadas em nós e arrancá-las pela raiz. Esse processo implica uma tomada de consciência da nossa natureza mais profunda e não é um processo fácil.» (WEISS, 2000:140-41).

Bibliografia.

MANDINO, Og., (1982). A Universidade do Sucesso. 2ª Edição. Trad. Eugênia Loureiro. Rio de Janeiro, RJ: Editora Record.
WEISS, Brian L., M.D., (2000:17). “A Divina Sabedoria dos Mestres. A Descoberto do Poder do Amor. Tradução António Reca de Sousa. Cascais: Editora Pergaminho.

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domingo, 10 de maio de 2015

Tempo Mariano


Entre as várias e muitas características do povo português, ainda e por enquanto, maioritariamente católico, é a sua Fé na Virgem de Fátima, a cujo Santuário acorrem, diariamente, em número relativamente significativo, aumentando aos fins-de-semana, tendo o seu expoente máximo nos meses de Maio, Outubro e Agosto, porque se celebram as aparições e no verão é quando se regista o maior número de emigrantes portugueses e peregrinos de outras nacionalidades, respetivamente, com destaque para os brasileiros.
Os portugueses, na verdade, são um povo crente e o apego a Deus e aos Santos verifica-se a cada momento, nas mais diversas e complexas circunstâncias, de tal forma que, mesmo algumas daquelas pessoas que se autointitulam de não-crentes, agnósticas, ateias e outras posições, algumas das quais de duvidosa consistência religiosa, na verdade e quando em situações de grande desespero pessoal, familiar ou outra, no limite, sempre acabam por pronunciar, pelo menos, o nome de Deus: “Vala-me Deus”; “Deus me acuda”, ou de uma figura santificada: “Nossa Senhora me defenda, proferindo, portanto, o nome da/o santa/o a quem podem ajuda em troco, muitas vezes, do cumprimento de uma promessa.
Escusado será referir que toda e qualquer pessoa bem-formada, acatadora das ideias, convicções e comportamentos do seu semelhante, a atitude mais adequada é a de total respeito pela religião professada, concordando, ou não, partindo, sempre, do princípio que não existe radicalismo, fundamentalismo e ações violentas, por parte de quem se diz praticante de uma dada confissão religiosa.
Numa sociedade democrática, na qual a liberdade de expressão e de religião são direitos consagrados constitucionalmente, na respetiva Lei Fundamental, eles, os direitos, devem ser escrupulosamente exercidos, com equilíbrio, moderação e igual respeito pelas posições daquelas pessoas que, não sendo crentes, nem professando nenhuma religião, acatam, contudo, o comportamento dos crentes católicos, neste caso e em geral, mas também de outras confissões religiosas.
Em Portugal, o Mês de Maio está consagrado como sendo um período “Mariano”, dedicado a Nossa Senhora de Fátima, porque foi em treze de Maio de mil novecentos e dezassete que teria ocorrido a primeira aparição da Virgem aos três pastorinhos: Lúcia, Jacinta e Francisco, na Cova da Iria, em Fátima, para, em Outubro do mesmo ano, nova aparição se ter repetido.
De então para cá, a Fé, a devoção e o apego à Senhora de Fátima evoluíram exponencialmente, de tal forma que: quer as instalações anexas à Capelinha das Aparições, como o imponente Santuário Mariano, quer as infraestruturas instaladas para acolher os peregrinos, quer as vias de comunicação e acesso, quer, ainda, a indústria hoteleira e de restauração, bem como o turismo religioso, beneficiaram de um incremento jamais equiparável noutras localidades portuguesas, em tão pouco tempo, o que não retira as convicções de quem recorre a Nossa Senhora de Fátima, em situações de maior aflição na vida e/ou para agradecer alguma “Graça” recebida, e isso tem de se respeitar.
O Mês Mariano em Portugal é de grande veneração a Nossa Senhora de Fátima, praticamente em todas as aldeias, vilas e cidades do país. As peregrinações a Fátima, seja de transporte motorizado, seja a pé, partindo de qualquer recando do país, ou do estrangeiro, são às centenas de milhares de crentes que vão à Cova da Iria para: pagar promessas, pedir ajuda e manifestar à Santa a sua Fé e Fidelidade.
Quem entra no recinto do Santuário de Fátima, imediatamente sente-se como que num mundo celestial de serenidade, de transcendência, de proteção e de mistério. Os receios da vida como que desaparecem, para darem lugar a uma confiança imensa, uma segurança que nos deixa mais fortes, uma Fé que se renova, à medida que caminharmos para a Capelinha das Aparições e depois para a Basílica. Igual sensação de bem-estar, quando se visita a Igreja da Santíssima Trindade. Enfim, um mundo “Sobrenatural” que nos leva ao recolhimento.
Maio Mariano, assim poderemos qualificar estes trinta e um dias de Oração, de Fé, de Peregrinação, de tentativa de realização de desejos e cumprimento das promessas. Os crentes, em geral; e os devotos de Nossa Senhora de Fátima, em particular, devem sentir-se orgulhosos, privilegiados, por poderem vivenciar experiências tão íntimas, misteriosas e salvíficas, na medida em que: é uma Graça Divina termos do nosso lado, a Senhora de Fátima.
Há quem desvalorize, eventualmente, ridicularize estes sentimentos religiosos. Também existem outras pessoas que rotulam os crentes de “ignorantes”, “atrasados mentais”, “superpersticiosos” e outros epítetos que acabam, até, por ser difamatórios, mas que qualificam bem: a formação, a educação, os princípios, os valores, os sentimentos e o caráter de quem os produz.
Ao longo da História da Humanidade, a religião sempre foi uma dimensão incontornável da pessoa verdadeiramente humana, que a distingue dos restantes seres da natureza e, também é verdade que: mulheres e homens, figuras ímpares, no mundo de milénios de anos, se revelaram de incomensurável importância, pela inteligência, atitudes altruístas, mártires; como também houve quem, pela ideologia maquiavélica, produzisse os maiores horrores do mundo.
Defender a religião, no respeito pela laicidade de cada pessoa e instituição, é uma atitude que se deve considerar como fazendo parte de uma cultura mais global que, de alguma forma, nos enriquece, espiritual e moralmente, quando praticada com equilíbrio, isenção, convicção e Fé. Não se pode, nem deve, defender qualquer tipo de sectarismos, seja ele religioso ou antirreligioso, porque cada pessoa tem, ou não, a sua Fé, as suas crenças e, acredita, ou não, numa vida eterna.
Comemorar o “Treze de Maio”, em Portugal, é festejar o que de mais sublime, misterioso e inefável se pode fazer, sem preconceitos de qualquer tipo de inferioridade, ou superioridade, porque a Fé alimenta-nos o espírito como a ciência nos enriquece a inteligência e nos conduz ao desenvolvimento material, mas estas duas dimensões nos distinguem dos demais animais e, sem qualquer complexo, até se podem complementar, enriquecendo-se, reciprocamente.
Cabe aqui uma alusão a todas as pessoas que têm a felicidade de, neste dia, comemorar algo de importante nas suas vidas: um aniversário natalício; a realização de um projeto; a obtenção de um emprego; a conquista de um grande amor; a recuperação da saúde; a restauração da felicidade, enfim, que este “Treze de Maio” seja um dia marcante na vida dessas pessoas e que Nossa Senhora de Fátima as proteja, as acompanhe, ilumine suas vidas, suas consciências, suas inteligências, bem como de seus familiares.
Neste Mês Mariano, nós, os crentes e devotos de Nossa Senhora de Fátima, queremos unirmos aos nossos irmãos em Cristo para, todos juntos, rogarmos que, por interceção da Virgem Maria, possamos viver em fraternidade, sem quaisquer discriminações negativas, uns em relação aos outros, porque em boa verdade, acreditamos que a nossa diferença e, possivelmente, superioridade, em relação à restante natureza: animal, vegetal e mineral, reside, precisamente, nesta misteriosa dimensão que a Fé religiosa nos confere.
O mês de Maio em Portugal e, muito especificamente o dia “Treze” é para ser festejado, crentes e não-crentes, devotos de Nossa Senhora de Fátima, com aquelas pessoas que, não acreditando na sua própria natureza espiritual, tenham a possibilidade, e a boa-vontade de, pelo menos, meditar no Ser Transcendente que nos governa e na santificação de quem já passou por este mundo terreno e deu exemplos de grande abnegação, altruísmo e amor ao próximo.
Maria, Mãe Redentora, enaltecida neste “Treze de Maio”, protegei as nossas crianças que, neste dia, tiveram o privilégio de nascer; mas protegei, também, todas as outras criaturas: jovens, adultos e idosos; as famílias e amigos; as instituições; sensibilizai todas as pessoas mais velhas, que não são crentes, para que ingressem no caminho que conduz à salvação do espírito, porque para lá do corpo físico, certamente, teremos uma outra natureza espiritual, encantadora, que mais nenhum outro ser, provavelmente, terá. Glorifiquemos, portanto, MARIA. 

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
Telefone: 00351 936 400 689

Imprensa Escrita Local:

Jornal: “O Caminhense”
Jornal: “A Nossa Gente”
Jornal: “Terra e Mar” 

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domingo, 3 de maio de 2015

Mãe: Mulher Querida


Todos os estatutos, nas diferentes áreas societárias, têm a sua relativa importância, hierarquizando-se, por vezes, um conjunto, mais ou menos vasto, nos diversos contextos da vida: pessoal, familiar, social, político, religioso, social, empresarial, entre muitos outros, todavia, colocar, no topo da pirâmide, a condição de Mãe, parece não ser preocupação de maior, muito embora se estabeleça um dia, apenas um, no ano, para recordar a detentora do mais elevado estatuto, a par do pai, que numa sociedade culta e ciente dos seus valores, certamente, festeja.
A fixação de “Dias”: nacionais, internacionais e/ou mundiais, vem sendo uma prática corrente e, poder-se-á afirmar que, praticamente, cada dia do ano, tem um simbolismo específico, que alude a um acontecimento, a uma figura, ou à descoberta de uma solução para uma determinada situação, ou ainda, às ciências e às diversas atividades humanas, como por exemplo, os “Dias” alegóricos: ao Trabalhador, à Filosofia, à Música, entre outros pelo meio, para chegarmos ao “Dia da Mãe”, que, na circunstância, é o que mais importa na presente reflexão.
Quando nos referimos às mães em geral e, particularmente, à nossa Mãe, seguramente que nos invade um profundo sentimento de amor, um carinho sem limites e um imenso respeito, de resto, é a atitude responsável, mas também de gratidão, que devemos manifestar, perante e para com aquela Mulher que, para nos defender, seria capaz de dar a própria vida.
O “Dia da Mãe”: para muitas pessoas, até passa despercebido; para outras, é mais um dia em que os órgãos da comunicação social dão algum destaque; e para outras, é um dia que dedicam à Mãe, com algum convívio, uma possível “prendinha” e, finalmente, há aquelas pessoas que, realmente, este dia apenas culmina outros trezentos e sessenta e quatro de amor, de dedicação e carinho à sua Mãe, não lhes sendo necessário este dia para mostrar que amam aquela que lhes deu a vida.
A condição de Mãe, contudo, por si só, é superior a quaisquer iniciativas para atribuir à “Mulher-Mãe” um dia por ano, para ser recordada, sendo certo que de nada vale tal evento, cerimónias alusivas, discursos muito bem elaborados, com grande eloquência, se depois, ao longo do ano, essa mesma Mãe não tem recursos mínimos para alimentar, educar, agasalhar e proteger os seus filhos.
Quando se interroga uma pessoa, sobre o que pensa, o que faz, o que deseja, relativamente à sua Mãe, as respostas, invariavelmente, e na sua maioria, vão no sentido de se defender o melhor do mundo para a ela, de revelar que se ama aquela Mulher, como a nenhuma outra, e que ela representa o que de melhor pode haver no universo, para aqueles filhos. Claro que não se duvida que ter a Mãe como nossa protetora, confidente e companheira, será o máximo a que talvez possamos (e devamos) aspirar.
Apesar do estatuto de Mãe ser, provavelmente, entre muitos outros, o mais sublime e dignificante para a Mulher, convém não ignorar que, nem todas as mães (como nem todos os filhos), poderão ser motivo de tão distinta honra, porque também existem aquelas (felizmente muito poucas, que são a exceção) que, perante um conjunto de alegadas “razões”, abandonam os seus filhos e, no limite extremo, talvez no desespero, de uma situação complexa, os assassinam.
A verdade, porém, é que descontadas aquelas terríveis exceções, a mãe é um fator de estabilidade, de fiel da balança, de moderadora no seio da família, assumindo-se, carinhosamente, como a defensora dos filhos e/ou do marido, quando a razão está de um dos lados, admitindo-se que, por vezes, se incline um bocadinho mais, na defesa dos filhos, principalmente, dos mais frágeis, o que até é bem compreendido pelo marido, especialmente, quando este ama, sem reservas a esposa e os filhos, quando a coesão e felicidade da família são valores consistentes e a preservar.
A família tem sido, ao longo da História da Humanidade, a base fundamental para a constituição e organização da sociedade, por isso se faz, em algumas circunstâncias, como que uma analogia, no sentido de qualificar o tecido societário, em função das famílias que o integram, ou seja: os princípios, valores e sentimentos, experienciados no seio das famílias, passam para a sociedade, muito embora aqueles, a partir das suas instituições, desde logo a Igreja, a escola, a empresa, também exerçam forte influência nas famílias.
É por isso que o papel da Mãe é tão importante, e como cada vez mais se torna necessário que ela esteja bem preparada, para transmitir aos seus filhos, não só os bons exemplos de honradez, reputação, dignidade, como também toda uma arquitetura axiológica, compatível com uma cultura fortemente humanista. Por vezes afirma-se que “quem não é na família, também não o será na sociedade”, significando tal assertiva que: quem não for educado, correto, respeitador e organizado nos seus relacionamentos, esse comportamento poderá ficar a dever-se ao que vive no contexto familiar, não significando que esta situação seja a regra
E se o casal – Mãe e Pai – são fundamentais na criação e encaminhamento dos filhos, na preparação para eles enfrentarem os muitos obstáculos que a vida lhes vai colocando, não há dúvida que a Mãe terá, quase sempre, uma grande influência na educação dos filhos, o mesmo é dizer, na construção de uma nova sociedade, mais humana, justa e segura.
Para além das muitas outras funções, que a Mulher vem desempenhando: na família, no trabalho, na sociedade, nas instituições, é indispensável que esta dimensão materna a eleva a um nível máximo, porque ela, com todas as suas qualidades, que são imensas, é dotada de uma espécie de sexto sentido, de pressentimentos que, muitas vezes, acabam por se confirmar, para o bem ou para o mal, ela que tem uma capacidade infinita de amar, de sofrer, ela que é única e insubstituível.
Neste “Dia da Mãe”, quantos filhos suspiram de saudade, de dor e de sofrimento por já não a terem fisicamente? Quantas Mães, identicamente, vivem em total nostalgia, sofrendo e deplorando a perda de um filho? Esta dimensão, avassaladoramente amorosa de uma Mãe, não é equiparável a nenhuma outra situação, por isso a obrigação moral de todos os filhos, tudo fazerem para darem o melhor às suas mães.
É importante comemorar, uma vez por ano o “Dia da Mãe”, dedicar-lhe um pouco de tempo, para com ela partilharmos o nosso amor e ela, igualmente connosco, mas seria muito mais significativo e justo, se dedicássemos às nossas mães trezentos e sessenta e cinco dias todos os anos, sempre com maior empenho, dedicação e apoio ao seu bem-estar.
Costuma-se dizer que: “Mãe há só uma; mulheres há muitas”, mas neste dia que lhe é consagrado, também devemos ver nela a Mulher que é: filha, irmã, namorada, esposa, mãe, avó, amante – mais no sentido da mulher que ama verdadeiramente, não no conceito de infidelidade.
Ela, a Mãe Querida que pelos seus filhos é capaz de dar a vida, deve ser amada em todos os seus inúmeros papéis, porque antes de ser Mãe: foi, é e será Mulher, com imensas faculdades as quais coloca ao serviço da família e da construção de uma sociedade e de uma humanidade culta e feliz.
É claro que a Mãe, tal como o Pai, sejam biológicos, ou adotivos, construindo uma família natural, desempenham e têm papéis relativamente difíceis, nestes tempos conturbados, onde as dificuldades, de vária ordem, impedem, muitas vezes, que a Mãe tenha condições materiais para criar os filhos, como moral, legal e legitimamente eles merecem e têm direito, mas, ainda assim, ela faz autênticos “milagres”, para que nada lhes falte.
Hoje, quem tem uma Mãe, pode-se dizer que tem tudo o que de melhor há neste mundo, porque poucas, muito poucas, serão as pessoas que têm as virtudes de uma Mãe, que é capaz de doar, partilhar, arriscar a vida para ver bem na vida e/ou salvar o filho.
Hoje é o “Dia da Mãe”, daquela Mulher que durante muitos meses carregou, amorosa e cuidadosamente connosco no seu ventre, por vezes sofrendo fisicamente, mas, simultaneamente, vivendo feliz, alegre e realizada, porque ser Mãe é o desejo supremo que a maioria das Mulheres pretende concretizar. Por tudo isto, preservemos, respeitemos e amemos as nossas Mães porque elas são únicas e infalsificáveis.

Diamantino Lourenço Rodrigues de Bártolo
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